Oficina da Crônica – I

com José Castello

A crônica é um gênero de encruzilhada. Ele se ergue-se entre a ficção e a realidade, sem tomar partido definitivo de nenhuma das duas. Está entre o conto, a poesia, o ensaio e o jornalismo. Está “entre”. É um gênero em trânsito – é um “transgênero”. Na verdade, nunca se sabe ao certo o que é uma crônica, ou onde a crônica está. Nesse entroncamento, o cronista se desdobra e se delicia com o prazer da escrita. Todas as portas podem e devem ser abertas. Todos os caminhos se tornam interessantes e possíveis. Tudo vale – menos abdicar da elegância das palavras e do trabalho apurado com a língua.Nessa oficina de crônicas, seguiremos por dois caminhos. Leremos e debateremos crônicas de grandes cronistas brasileiros – em particular, do maior deles, Rubem Braga. Mas, através de exercícios práticos e de debates abertos, treinaremos também a arte da escrita. Os alunos farão exercícios que serão lidos e debatidos em sala e em conjunto. A experiência do diálogo presidirá a oficina. Mas é claro: oficinas não são aulas. São, mais, laboratórios, em que exercitamos, erramos, tentamos outros caminhos, insistimos, nunca chegamos a nosso destino. É no processo da escrita, mais do que na própria escrita, que a literatura se mantém viva.Uma terceira referência em nosso trabalho será minha antologia de crônicas “Histórias Miseráveis”, a ser lançada pela editora Maralto, de Curitiba, nesse ano de 2025. Algumas crônicas do livro, já publicadas antes na imprensa literária, serão lidas e debatidas. Seus bastidores serão revelados. Caminharemos juntos em busco dos segredos e das armadilhas que regem a arte de escrever crônicas.

Data: 3/4 a 3/7/25 (5as. feiras)
Horário: das 19h30 às 21h30
Valor: 6x R$ 202,50 no cartão de crédito

Carga horária: 24 horas

Professor

José Castello

Jornalista e escritor, é Mestre em Comunicação pela UFRJ. É colunista regular do mensário “Rascunho”, de Curitiba, e do suplemento “Pernambuco”, do Recife. Autor, entre outros, de “Vinicius de Moraes: o poeta da paixão” (Prêmio Jabuti em 1995), “Ribamar” (Prêmio Jabuti em 2011) e “Dentro de mim ninguém entra” Prêmio Jabuti em 2017).

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