O objetivo deste módulo é, a partir de textos literários em momentos específicos da História da Literatura Brasileira, observá-la como um processo de formação de identidade nacional. Rever contextos de criação, ler/rever textos de autores brasileiros, observando suas técnicas de escrita em consonância com seu tempo, e refletir sobre processos marcantes da construção de uma literatura genuinamente brasileira contribuirá, sem dúvida, para o repertório daqueles que se propõem a dar continuidade à tarefa de, através da escrita, renová-la.
Carga horária: 8 horas
Educadora. Seu instrumento? É a Literatura Brasileira e as literaturas africanas e afro-brasileira a que, nos últimos anos, tem se dedicado.
É formada em Letras-Português-Literaturas pela UFRJ, Curso de Especialização em Literatura Brasileira pela UFRJ, Curso de Especialização em Literatura-Realismo pela UERJ e diversos cursos em Cultura e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa.
Trabalhou na rede municipal do RJ por 28 anos e, apesar de aposentada, continua a trabalhar na rede particular. Participou recentemente do projeto Autores e Livros: Encontros de Leitura no Complexo do Alemão como mediadora de leitura.
Acredita na literatura como viagens no tempo, no espaço e no Homem.
O conceito de livro. Os primeiros glifos, ideogramas e alfabetos. Livros e bibliotecas da Antiguidade. O códice e o pergaminho. Livros, iluminuras e circulação do saber na Idade Média. Entra em cena o papel. Os primórdios da imprensa e sua difusão. Imprensa, Renascimento e Reforma. Livros e leitores na Idade Moderna e no Iluminismo. A circulação do livro no Brasil colonial e joanino. A imprensa no Brasil. Editores brasileiros dos séculos XIX-XX. Livro digital, audiolivro e novas formas de publicação. Breve retrato do mercado editorial no Brasil pós-pandemia.
Professora:
Ana Lucia Merege – Mestre em Ciência da Informacão pelo IBICT/UFRJ-ECO (1999) e Bacharel em Biblioteconomia pela UNIRIO (1992). Desde 1996 é servidora da Fundação Biblioteca Nacional, lotada na Divisão de Manuscritos. Escreve textos de divulgação, regularmente, para a página da instituição e suas redes sociais. Ministrou cursos para mediadores de leitura e professores na Casa da Leitura, um dos quais ensejou a publicação do livro teórico “Os Contos de Fadas: origens, história e permanência no mundo moderno” (Editora Claridade, 2010). Em 2025, lançou pela editora da Fundação Biblioteca Nacional “História do Livro: marcos e transformações”, obra que reúne seus artigos sobre o tema, escritos ao longo de 2020 e 2021. Em paralelo a suas atividades como bibliotecária e pesquisadora, tem uma carreira como escritora de literatura fantástica, e desde 2005 vem publicando livros, contos e organizando coletâneas do gênero.
Dias 9, 16, 23 e 30/04/25 (quartas-feiras) das 19h às 21h
Carga horária: 8h
Esta oficina objetiva estudar o conto com enfoque na sua construção narrativa; ou seja, analisar como o escritor articula os elementos do gênero: o espaço; o tempo; os personagens, suas falas, ações e intenções; o narrador e seu papel na intromissão, onisciente ou mais distanciado, e na organização sequencial das cenas para a construção do enredo. Teremos como foco de atenção a “carpintaria literária” utilizada pelo escritor para conquistar no leitor um efeito previsto e desejado.
Faremos a leitura de textos de alguns mestres da arte de narrar de diferentes décadas do século XIX e XX, momento alto do gênero em que se ombreia em qualidade e importância aos seus irmãos, o romance e a poesia. Na escolha dos textos para a leitura procurei elencar escritores de diferentes países e continentes.
Este enfoque não dispensará o conhecimento dos contextos históricos e literários em que cada obra veio à luz e que traremos aos nossos encontros. As leituras serão alternadas com apresentação dos textos dos participantes. Faremos exercícios de construção ficcional e sua posterior leitura coletiva.
Dinâmicas dos Encontros:
No primeiro encontro farei um breve histórico do gênero conto e a sua consolidação como alta literatura a partir do século XIX. Falarei dos precursores do conto e principais autores do período e da importância do jornal e da imprensa para a consagração dos gêneros narrativos. Como fechamento da primeira aula, comentarei a respeito dos autores que leremos e farei a indicação da leitura de um conto para o nosso encontro da terça seguinte.
No segundo encontro faremos a leitura coletiva do conto indicado, com a devida apresentação do contexto histórico e as informações biográficas necessárias do autor da publicação do conto. A partir de aspectos destacados da análise do conto, proporei um desafio de escrita criativa dos participantes para o nosso encontro na semana seguinte, quando faremos a leitura dos textos dos alunos.
Na semana posterior faremos a leitura do próximo conto escolhido, na outra, a leitura dos textos dos alunos e assim procederemos até o final da oficina.
Textos Selecionados para Leitura:
“Um Marido” – Anton Tchekhov
“Num Bosque” – Ryūnosuke Akutagawa
“Uns Braços” – Machado de Assis
“Nero” – Miguel Torga
“Emma Zunz” – Jorge Luis Borges
“Circe” Julio Cortázar
“Feliz Aniversário” Clarice Lispector
“A Terceira Margem do Rio” – Guimarães Rosa
Além desses textos, outras leituras complementares serão sugeridas a cada aula.
Professor:
David Oscar Vaz – Formado em Letras Português e Russo pela USP, dedica-se desde então ao ensino, à produção textual, ficcional ou ensaística, e a outras atividades ligadas ao universo da escrita.
Em 1997 publicou sua primeira obra de ficção, Resíduos, pela Ateliê Editorial, com a qual recebeu o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) na categoria “escritor revelação”.
Em 2004 publicou o romance Trem do Atlântico que recebeu o prêmio da União Brasileira dos Escritores RJ.
De 17/3 a 30/6/25 (segundas-feiras) – das 19h30 às 21h30
Carga horária: 32 horas
A partir de poemas lapidares de várias épocas e culturas identificaremos o que torna um poema um bom poema. Quais os aspectos que estão em jogo na potencialização do texto poético. É o trabalho com as imagens? É a sonoridade? É o desenvolvimento do tema, ou a disposição formal do texto na página? É tudo isso junto e misturado? Todo poema é visual?
Além disso, qual a tecnologia espiritual que um poeta precisa desenvolver para criar poemas que sejam significativos? Em todos os encontros proporemos exercícios, leituras, análises e problematizações que fundamentarão o nosso fazer poético ou projeto literário.
Professor:
Edson Cruz – é poeta, editor e ensaísta. Com 12 livros publicados entre poesia, prosa, ensaio e infanto-juvenil. É mestrando em Escrita Literária na Universidade de São Paulo. Edita o site de literatura Musa Rara (www.musarara.com.br).
De 17/3 a 30/6/25 (segundas-feiras) – das 19h às 21h
Carga horária: 32 horas
Escrever literatura para dialogar com a infância requer se apropriar de uma linguagem capaz de revirar caixotes, encontrar reinos de formigueiros, deslizar por entre as dormideiras, retirar cacos de vidro, reacender afetos, instintos e elaborações de pensares que sensibilizem o terreno baldio em busca pela compreensão da própria origem, experimentando em si as histórias. O convite desta Oficina é inventariar com os participantes a partir de exercícios de leitura e reflexão de obras que contribuem para o acervo de referências na produção de texto. Durante o percurso, além de rever clássicos e aprender com a literatura contemporânea, retomaremos o processo ancestral da narrativa oral para interpretar livremente as vivências e compor uma voz autoral.
Professora:
Penélope Martins – é escritora e narradora de histórias. Advogada pós-graduada em Direitos Humanos, dedica-se à formação de novos leitores desde 2006, produzindo conteúdo para o desenvolvimento contínuo de educadores e mediadores. Atua em projetos de fomento da palavra escrita e falada, também colabora com a articulação de reflexões sobre a leitura literária e elaboração de materiais para editoras e outras instituições de ensino e cultura. Participou de coletivos de mulheres com poesia autoral e é autora e curadora do projeto “Mulheres que Leem Mulheres”. Muitos de seus livros foram selecionados pelo PNLD- Literário, Programa Nacional do Livro Didático do Governo Federal. Entre os títulos publicados, estão: “Minha vida não é cor-de-rosa”, “Uma boneca para Menitinha”, e “Pés Descalços”, todos vencedores do Prêmio Glória Pondé da Biblioteca Nacional, melhor texto juvenil; “Ainda assim te quero bem”, vencedor do Prêmio AEILIJ e laureado pelo selo altamente recomendável da FNLIJ.
De 17/3 a 30/6/25 (segundas-feiras) – das 19h15 às 21h15
Carga horária: 32 horas
A crônica é um gênero de encruzilhada. Ele se ergue-se entre a ficção e a realidade, sem tomar partido definitivo de nenhuma das duas. Está entre o conto, a poesia, o ensaio e o jornalismo. Está “entre”. É um gênero em trânsito – é um “transgênero”. Na verdade, nunca se sabe ao certo o que é uma crônica, ou onde a crônica está. Nesse entroncamento, o cronista se desdobra e se delicia com o prazer da escrita. Todas as portas podem e devem ser abertas. Todos os caminhos se tornam interessantes e possíveis. Tudo vale – menos abdicar da elegância das palavras e do trabalho apurado com a língua.
Nessa oficina de crônicas, seguiremos por dois caminhos. Leremos e debateremos crônicas de grandes cronistas brasileiros – em particular, do maior deles, Rubem Braga. Mas, através de exercícios práticos e de debates abertos, treinaremos também a arte da escrita. Os alunos farão exercícios que serão lidos e debatidos em sala e em conjunto. A experiência do diálogo presidirá a oficina. Mas é claro: oficinas não são aulas. São, mais, laboratórios, em que exercitamos, erramos, tentamos outros caminhos, insistimos, nunca chegamos a nosso destino. É no processo da escrita, mais do que na própria escrita, que a literatura se mantém viva.
Uma terceira referência em nosso trabalho será minha antologia de crônicas “Histórias Miseráveis”, a ser lançada pela editora Maralto, de Curitiba, nesse ano de 2025. Algumas crônicas do livro, já publicadas antes na imprensa literária, serão lidas e debatidas. Seus bastidores serão revelados. Caminharemos juntos em busco dos segredos e das armadilhas que regem a arte de escrever crônicas.
Professor:
José Castello – Jornalista e escritor, é Mestre em Comunicação pela UFRJ. É colunista regular do mensário “Rascunho”, de Curitiba, e do suplemento “Pernambuco”, do Recife. Autor, entre outros, de “Vinicius de Moraes: o poeta da paixão” (Prêmio Jabuti em 1995), “Ribamar” (Prêmio Jabuti em 2011) e “Dentro de mim ninguém entra” Prêmio Jabuti em 2017).
De 19/3 a 2/7/25 (quartas-feiras) – das 19h30 às 21h30
Carga horária: 32 horas
Ementa em breve
Professora:
Andrezza Postay – é mestre e doutoranda em Escrita Criativa pela PUCRS. Ministra oficinas, faz traduções e leituras críticas. Trabalha com pesquisas relacionadas a pedagogia da escrita criativa; ficção distópica; narrativas de horror e antropoceno. Participa do grupo de pesquisa Atlas do Antropoceno. É professora convidada nas especializações em Escrita Criativa da PUCRS e da NOVOESTE. Tem contos publicados nas antologias Tudo soma zero (Bestiário, 2020) e Suprassuma 1 (Suma, 2021), entre outros, além de ensaios teóricos e artigos acadêmicos, em breve publicará seu primeiro romance.
De 13/3 a 3/7/25 (quintas-feiras) – das 17h30 às 19h30
Carga horária: 32 horas
O curso aborda questões de composição de contos. Além de proporcionar um panorama do gênero, aborda três elementos com maior ênfase: o personagem, o ambiente e o diálogo. Discute textos exemplares e engloba propostas de criação e discussão de textos dos participantes. Desse modo, busca-se aprimorar a compreensão e o domínio dos recursos responsáveis pelos efeitos que um conto bem realizado pode despertar no leitor.
Cronograma dos encontros
1. Panorama do conto.
2. Diálogo: o conto-crônica: Luís Fernando Veríssimo, Tati Bernardi.
3. O estilo essencial: Juan José Morosoli.
4. O conto de personagem. Vilma Âreas e George Saunders.
5. O absurdo que faz sentido: Kafka e Samanta Schweblin.
6. Escrevendo a partir dos sonhos: Guilherme Azambuja Castro
7. Espaço, ambiente, atmosfera: Jorge Luis Borges.
8. Todos os pontos do infinito: Ainda Borges.
9. Demônios exteriores: Mariana Enriquez
10. Escrevendo a partir de nossas vivências: Lygia Fagundes Telles.
11. O estilo abundante ou o conto-fluxo: Luiz Vilela e Luiz Ruffato.
12. O fim que é um novo começo.
Professor:
Luís Roberto Amabile é escritor e professor da Escola de Humanidades da PUCRS, doutor em Teoria da Literatura (2017) e em Escrita Criativa (2020). Colaborou com Luiz Antonio de Assis Brasil em Escrever ficção (2019). É autor, entre outros, dos livros de contos O amor é um lugar estranho (2012, finalista do Prêmio Açorianos), O livro dos cachorros (2015, vencedor da chamada para publicação do IEL/RS) e O lado que não era visível para quem estava na estrada (2020, vencedor do Prêmio Minuano).
De agosto a novembro – das 19h30 às 21h30
Carga horária: 32 horas
O laboratório/oficina terá por objetivo o desenvolver o pensamento e a prática sobre o poema nos dias de hoje, por meio de deslocamentos dos olhares dos participantes em direção a perspectivas que permitam entrever as diversas possibilidades que a contemporaneidade nos propõe. Isso pode ser expresso nas seguintes indagações, que acompanham, de um modo ou de outro, todo poeta: o que é o poema? O que pode um poema hoje? Como fazer um poema que seja ancorado ao presente? Exercitando os olhares sobre coisas concretas, pretendemos que todos percebam em tudo quanto existe um poema potencial, num contínuo diálogo com o mundo. Nesse caminho, por meio de diversas propostas de práticas, leituras e debates, teremos também a contextualização da produção em sala com a história, alguma teoria, e as questões fundamentais da prática da poesia hoje.
PROGRAMA DO CURSO:
1. Qual o lugar da tradição no contemporâneo?
2. Visadas sobre sujeito e objeto.
3. Entre o arcaico e o contemporâneo: a écfrase.
4. Poesia e artifício: sob alguns andaimes da técnica.
5. As formas enganosas.
6. Poesia, norma e transgressão: as escolhas.
7. Modernidade, pós-modernidade e tradição na poesia do agora.
8. O encargo social – o que justifica a existência de um poema?
9. Poesia, linguagem, realidade.
10. A técnica, a espontaneidade e o real na poesia.
11. Quatro tipos de obscuridade e o poema como transfiguração.
12. Poema e encenação: o baile de máscaras.
13. Atos de restrição na produção do poema.
14. Poema e história: forma, conteúdo, teor de verdade.
15. O poetificado de Walter Benjamin na abordagem do poema.
16. Deslocamentos, desestabilizações e dissídios na poesia de hoje.
Professor:
Nuno Rau – Poeta, arquiteto, professor de história da arte, tem poemas em Cronópios, Germina, Sibila, Zunai, Diversos e Afins, RelevO, Mallarmargens, e nas antologias Desvio para o vermelho, do Centro Cultural São Paulo, Escriptonita, que co-organizou, e 29 de Abril: o verso da violência. Publicou o livro Mecânica Aplicada (2017), poemas, livro finalista no 3º Prêmio Rio de Literatura e no 60º Prêmio Jabuti. É co-editor da revista mallarmargens.com desde sua fundação.
Bibliografia Básica – Oficina de Poesia II
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Argos Editora, 2009.
AGAMBEN, Giorgio. Categorias italianas: estudos de poética e literatura. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014.
AGAMBEN, Giorgio. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
AGAMBEN, Giorgio. Ideia da prosa. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
AUGUSTO, Ronald. Decupagens assim: crítica. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2012.
BENJAMIN, Walter. Escritos sobre mito e linguagem (1915/1921). São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2013.
BENJAMIN, Walter. Baudelaire e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
BERARDINELLI, Alfonso. Da poesia à prosa. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
BURGER, Peter. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac & Naify, 2008.
CAMILO. Vagner. Drummond: da rosa do povo à rosa das trevas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
CAMILO. Vagner. Modernidade entre tapumes: da poesia social à inflexão neoclássica na lírica brasileira moderna. São Paulo: Ateliê Editorial, 2020.
CESAR, Ana Cristina. Crítica e tradução. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
CÍCERO, Antonio (curadoria). Forma e sentido contemporâneo: poesia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012.
DEGUY, Michel. Reabertura após obras. Campinas: Editora da UNICAMP, 2013.
DEMARCHI, Ademir. Contrapoéticas. Florianópolis: Nave Editora, 2020.
EAGLETON, Terry. Marxismo e crítica literária. São Paulo: Editora UNESP, 2011.
EAGLETON, Terry. A ideologia da estética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
FAUSTINO, Mário. De Anchieta aos concretos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
FAUSTINO, Mário. Artesanatos de poesia: fontes e correntes da poesia ocidental. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
FRANCHETTI, Paulo. Crise em crise: notas sobre poesia e crítica no Brasil contemporâneo. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2021.
GLENADEL, Paula. Escritas pensantes: trajetos entre literatura e filosofia. Rio de Janeiro: 7Letras, 2019.
GULLAR, Ferreira. Uma luz do chão. Rio de Janeiro: Avenir Editora, 1978.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Atmosfera, ambiência, Stimmung: sobre um potencial oculto na literatura. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. PUCRio, 2014.
HAMBURGER, Michael. A verdade da poesia: tensões na poesia modernista desde Baudelaire. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
MERQUIOR, José Guilherme. A astúcia da mimese: ensaios sobre lírica. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1972.
MERQUIOR, José Guilherme. As ideias e as formas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
MERQUIOR, José Guilherme. Formalismo e tradição moderna: o problema da arte na crise da cultura. São Paulo: É Realizações, 2015.
MERQUIOR, José Guilherme. Razão do poema: ensaios de crítica e de estética. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965.
MESCHONNIC, Henri. Para salir de lo postmoderno. Buenos Aires: Cactus Editorial, 2017.
MOSÉ, Viviane. Nietzsche e a grande política da linguagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
OEHLER, Dolf. Terrenos vulcânicos. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
PAIXÃO, Fernando. Arte da pequena reflexão: poema em prosa contemporâneo. São Paulo: Iluminuras, 2014.
REDMOND, William Valentine. O processo poético segundo T. S. Eliot. São Paulo: Annablume, 2000.
ROCHA, João Cezar de Castro. Leituras desauratizadas, tempos precários, ensaios provisórios. Chapecó: Argos Editora, 2017.
SECHIN, Antonio Carlos. Percursos da poesia brasileira: do século XVIII ao XXI. Belo Horizonte: Autêntica; Ed. UFMG, 2018.
SCHNAIDERMAN, Boris. A poética de Maiakóvski: através de sua prosa. São Paulo: Perspetiva, 2014.
SCRAMIN, Suzana. Alteridades na poesia: riscos, aberturas, sobrevivências. São Paulo: Iluminuras, 2016.
SISCAR, Marcos. De volta ao fim: o fim das vanguardas como questão da poesia contemporânea. Rio de Janeiro: 7Letras, 2016.
STEINER, George. Extraterritorial: a literatura e a revolução da linguagem. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
De 11/8 a 24/11/25 (2as. feiras) – das 19h às 21h
Carga horária: 32 horas
Ementa em breve
Professora:
Penélope Martins – é escritora e narradora de histórias. Advogada pós-graduada em Direitos Humanos, dedica-se à formação de novos leitores desde 2006, produzindo conteúdo para o desenvolvimento contínuo de educadores e mediadores. Atua em projetos de fomento da palavra escrita e falada, também colabora com a articulação de reflexões sobre a leitura literária e elaboração de materiais para editoras e outras instituições de ensino e cultura. Participou de coletivos de mulheres com poesia autoral e é autora e curadora do projeto “Mulheres que Leem Mulheres”. Muitos de seus livros foram selecionados pelo PNLD- Literário, Programa Nacional do Livro Didático do Governo Federal. Entre os títulos publicados, estão: “Minha vida não é cor-de-rosa”, “Uma boneca para Menitinha”, e “Pés Descalços”, todos vencedores do Prêmio Glória Pondé da Biblioteca Nacional, melhor texto juvenil; “Ainda assim te quero bem”, vencedor do Prêmio AEILIJ e laureado pelo selo altamente recomendável da FNLIJ.
De agosto a novembro – das 19h15 às 21h15
Carga horária: 32 horas
Ementa em breve
Professora:
Andrezza Postay – é mestre e doutoranda em Escrita Criativa pela PUCRS. Ministra oficinas, faz traduções e leituras críticas. Trabalha com pesquisas relacionadas a pedagogia da escrita criativa; ficção distópica; narrativas de horror e antropoceno. Participa do grupo de pesquisa Atlas do Antropoceno. É professora convidada nas especializações em Escrita Criativa da PUCRS e da NOVOESTE. Tem contos publicados nas antologias Tudo soma zero (Bestiário, 2020) e Suprassuma 1 (Suma, 2021), entre outros, além de ensaios teóricos e artigos acadêmicos, em breve publicará seu primeiro romance.
De agosto a novembro/25 (quintas-feiras) – das 17h30 às 19h30
Carga horária: 32 horas
Ementa em breve.
Professor:
José Castello – Jornalista e escritor, é Mestre em Comunicação pela UFRJ. É colunista regular do mensário “Rascunho”, de Curitiba, e do suplemento “Pernambuco”, do Recife. Autor, entre outros, de “Vinicius de Moraes: o poeta da paixão” (Prêmio Jabuti em 1995), “Ribamar” (Prêmio Jabuti em 2011) e “Dentro de mim ninguém entra” Prêmio Jabuti em 2017).
De 14/8 a 27/11/25 (quintas-feiras) – das 19h30 às 21h30
Carga horária: 32 horas
Quantos livros cabem num só livro? A resposta a esta pergunta já é quase lugar comum: depende do número de leitores, pois cada um lê a partir de suas próprias vivências. A proposta do CLUBE DE LEITURA é justamente proporcionar o intercâmbio de olhares e experiências, de modo a enriquecer nossas leituras individuais.
Para cada livro proposto, haverá dois encontros mensais. No primeiro, falaremos sobre o/a autor/a e serão sugeridas algumas chaves de leitura. No segundo, cada um dos participantes poderá fazer suas análises do texto, seja no que diz respeito ao conteúdo ou à forma e recursos literários utilizados.
Que tal participar desta leitura coletiva?
Professora:
Vânia Salek – Formada em Letras pela UFRJ. Dirigiu e coordenou a Creche Garatuja durante 30 anos. Atualmente participa do grupo de escrita coletiva Letra Falante, com foco na literatura para crianças.
De agosto a novembro/25 (quintas-feiras) – das 17h30 às 19h30 | Carga horária: 32 horas
Ementa em breve
Professora:
Andrezza Postay – é mestre e doutoranda em Escrita Criativa pela PUCRS. Ministra oficinas, faz traduções e leituras críticas. Trabalha com pesquisas relacionadas a pedagogia da escrita criativa; ficção distópica; narrativas de horror e antropoceno. Participa do grupo de pesquisa Atlas do Antropoceno. É professora convidada nas especializações em Escrita Criativa da PUCRS e da NOVOESTE. Tem contos publicados nas antologias Tudo soma zero (Bestiário, 2020) e Suprassuma 1 (Suma, 2021), entre outros, além de ensaios teóricos e artigos acadêmicos, em breve publicará seu primeiro romance.
De 13/3 a 3/7/25 (quintas-feiras) – das 17h30 às 19h30 | Carga horária: 32 horas
Professor:
David Oscar Vaz – Formado em Letras Português e Russo pela USP, dedica-se desde então ao ensino, à produção textual, ficcional ou ensaística, e a outras atividades ligadas ao universo da escrita.
Em 1997 publicou sua primeira obra de ficção, Resíduos, pela Ateliê Editorial, com a qual recebeu o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) na categoria “escritor revelação”.
Em 2004 publicou o romance Trem do Atlântico que recebeu o prêmio da União Brasileira dos Escritores RJ.
De 17/3 a 30/6/25 (segundas-feiras) – das 19h30 às 21h30 | Carga horária: 32 horas
A partir de poemas lapidares de várias épocas e culturas identificaremos o que torna um poema um bom poema. Quais os aspectos que estão em jogo na potencialização do texto poético. É o trabalho com as imagens? É a sonoridade? É o desenvolvimento do tema, ou a disposição formal do texto na página? É tudo isso junto e misturado? Todo poema é visual?
Além disso, qual a tecnologia espiritual que um poeta precisa desenvolver para criar poemas que sejam significativos? Em todos os encontros proporemos exercícios, leituras, análises e problematizações que fundamentarão o nosso fazer poético ou projeto literário.
Professor:
Edson Cruz – é poeta, editor e ensaísta. Com 12 livros publicados entre poesia, prosa, ensaio e infanto-juvenil. É mestrando em Escrita Literária na Universidade de São Paulo. Edita o site de literatura Musa Rara (www.musarara.com.br).
De 17/3 a 30/6/25 (segundas-feiras) – das 19h às 21h | Carga horária: 32 horas
O curso aborda questões de composição de contos. Além de proporcionar um panorama do gênero, aborda três elementos com maior ênfase: o personagem, o ambiente e o diálogo. Discute textos exemplares e engloba propostas de criação e discussão de textos dos participantes. Desse modo, busca-se aprimorar a compreensão e o domínio dos recursos responsáveis pelos efeitos que um conto bem realizado pode despertar no leitor.
Cronograma dos encontros
1. Panorama do conto.
2. Diálogo: o conto-crônica: Luís Fernando Veríssimo, Tati Bernardi.
3. O estilo essencial: Juan José Morosoli.
4. O conto de personagem. Vilma Âreas e George Saunders.
5. O absurdo que faz sentido: Kafka e Samanta Schweblin.
6. Escrevendo a partir dos sonhos: Guilherme Azambuja Castro
7. Espaço, ambiente, atmosfera: Jorge Luis Borges.
8. Todos os pontos do infinito: Ainda Borges.
9. Demônios exteriores: Mariana Enriquez
10. Escrevendo a partir de nossas vivências: Lygia Fagundes Telles.
11. O estilo abundante ou o conto-fluxo: Luiz Vilela e Luiz Ruffato.
12. O fim que é um novo começo.
Professor:
Luís Roberto Amabile é escritor e professor da Escola de Humanidades da PUCRS, doutor em Teoria da Literatura (2017) e em Escrita Criativa (2020). Colaborou com Luiz Antonio de Assis Brasil em Escrever ficção (2019). É autor, entre outros, dos livros de contos O amor é um lugar estranho (2012, finalista do Prêmio Açorianos), O livro dos cachorros (2015, vencedor da chamada para publicação do IEL/RS) e O lado que não era visível para quem estava na estrada (2020, vencedor do Prêmio Minuano).
De agosto a novembro – das 19h30 às 21h30 | Carga horária: 32 horas
Ementa em breve.
Professor:
José Castello – Jornalista e escritor, é Mestre em Comunicação pela UFRJ. É colunista regular do mensário “Rascunho”, de Curitiba, e do suplemento “Pernambuco”, do Recife. Autor, entre outros, de “Vinicius de Moraes: o poeta da paixão” (Prêmio Jabuti em 1995), “Ribamar” (Prêmio Jabuti em 2011) e “Dentro de mim ninguém entra” Prêmio Jabuti em 2017).
De 14/8 a 27/11/25 (quintas-feiras) – das 19h30 às 21h30 | Carga horária: 32 horas
O Sistema de gêneros e como ele se materializa no discurso literário. A forma e o conteúdo dos textos de literatura (expressão e tema). Diferenças e similaridades entre gêneros dos campos narrativo, dramático e lírico. Especificidades da leitura e da criação literária. Questões de composição da narrativa (romance, novela, conto, crônica); da poesia (versos metrificados e versos livres) e do teatro (tragédia, comédia e demais subgêneros).
Ao término do semestre, os estudantes deverão ser capazes de refletir criticamente sobre diferentes conceitos de literatura; reconhecer as particularidades do texto literário; problematizar as interfaces entre cultura, sociedade e literatura e avaliar as características do sistema literário (autor – obra – leitor); reconhecer os recursos responsáveis pela criação de efeitos estéticos; oferecer opiniões e críticas construtivas sobre textos, baseando-se nos conceitos da Teoria da Literatura e da Escrita Criativa; pensar a escrita literária como um processo contínuo de criação, correção e edição.
Professor:
Arthur Telló – é formado em Letras Português/Latim pela UFRGS. Tem mestrado em Escrita Criativa pela PUCRS, onde, desde 2016, atua como professor da Escola de Humanidades, com ênfase nos cursos de Letras e Escrita Criativa. É doutorando em Teoria da Literatura pela PUCRS e é docente da especialização em Escrita Criativa da UNICAP, ministrando a disciplina de Contos e narrativas breves. Em 2016, venceu o prêmio Açorianos na categoria romance com o livro “O tríptico de Elisa”. Em 2019 publicou a obra de contos “Os cadernos de solidão de Mario Lavale”, que foi finalista do prêmio Açorianos em 2020.
De agosto a novembro – das 19h30 às 21h30
Carga horária: 32 horas
Este curso oferece uma visão abrangente do mercado editorial brasileiro, fornecendo aos escritores iniciantes e experientes as ferramentas necessárias para navegar nesse cenário dinâmico. Os participantes obterão conhecimentos sobre as principais tendências, desafios e oportunidades do setor, além de compreenderem os processos editoriais.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Aulas 1 e 2: “Panorama do mercado editorial brasileiro”
• Dados recentes e tendências do setor
• Comportamento do consumidor e hábitos de leitura
• Principais players: editoras, livrarias e plataformas digitais
Aula 3: “O processo editorial”
• Etapas da produção de um livro
• Funções dos profissionais envolvidos (editores, revisores, designers)
• Direitos autorais e contratos editoriais
Aula 4: “Caminhos para publicação” e “Tendências e inovações”
• Publicação tradicional vs. autopublicação
• Como apresentar seu manuscrito para editoras
• Plataformas de autopublicação e suas particularidades
• E-books e audiolivros
• Clubes de leitura e outras formas de comercialização
• Uso de inteligência artificial no mercado editorial
Professor:
Leonardo Neto – é curador e jornalista especializado na cobertura do mercado editorial. De 2014 a 2022, foi editor-chefe do PublishNews, o maior portal de informações e de notícias sobre a indústria e o varejo de livros no Brasil. Em 2019, ficou entre os três finalistas do Excellence Awards, prêmio da Feira do Livro de Londres e da UK Publishers Association, na categoria jornalistas no mundo na cobertura do mercado editorial. Em 2020, publicou pela Oficina Raquel o livro “100 nomes da edição no Brasil”, que perfila 100 editores que fizeram a história do livro no país. Em 2024, publicou “O que pensa o mercado editorial brasileiro?”, pela Editora Modelo. Reúne, no livro, 29 entrevistas que realizou com importantes nomes do setor. Em 2022 e 2024, foi curador da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Dias 4, 18,25/6 e 2/7/25 (quartas-feiras) – das 19h às 21h
Carga horária: 8 horas
O objetivo deste módulo é, a partir de textos literários em momentos específicos da História da Literatura Brasileira, observá-la como um processo de formação de identidade nacional. Rever contextos de criação, ler/rever textos de autores brasileiros, observando suas técnicas de escrita em consonância com seu tempo, e refletir sobre processos marcantes da construção de uma literatura genuinamente brasileira contribuirá, sem dúvida, para o repertório daqueles que se propõem a dar continuidade à tarefa de, através da escrita, renová-la.
Professora:
Marlene de Araujo – Educadora. Seu instrumento? É a Literatura Brasileira e as literaturas africanas e afro-brasileira a que, nos últimos anos, tem se dedicado.
É formada em Letras-Português-Literaturas pela UFRJ, Curso de Especialização em Literatura Brasileira pela UFRJ, Curso de Especialização em Literatura-Realismo pela UERJ e diversos cursos em Cultura e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa.
Trabalhou na rede municipal do RJ por 28 anos e, apesar de aposentada, continua a trabalhar na rede particular. Participou recentemente do projeto Autores e Livros: Encontros de Leitura no Complexo do Alemão como mediadora de leitura.
Acredita na literatura como viagens no tempo, no espaço e no Homem.
Dias 7, 14, 21 e 28/5/25 (quartas-feiras) – das 19h às 21h
Carga horária: 8 horas
Ementa em breve
Professora:
Andrezza Postay – é mestre e doutoranda em Escrita Criativa pela PUCRS. Ministra oficinas, faz traduções e leituras críticas. Trabalha com pesquisas relacionadas a pedagogia da escrita criativa; ficção distópica; narrativas de horror e antropoceno. Participa do grupo de pesquisa Atlas do Antropoceno. É professora convidada nas especializações em Escrita Criativa da PUCRS e da NOVOESTE. Tem contos publicados nas antologias Tudo soma zero (Bestiário, 2020) e Suprassuma 1 (Suma, 2021), entre outros, além de ensaios teóricos e artigos acadêmicos, em breve publicará seu primeiro romance.
De agosto a novembro/25 (quintas-feiras) – das 17h30 às 19h30 | Carga horária: 32 horas
Ementa em breve
Professora:
Penélope Martins – é escritora e narradora de histórias. Advogada pós-graduada em Direitos Humanos, dedica-se à formação de novos leitores desde 2006, produzindo conteúdo para o desenvolvimento contínuo de educadores e mediadores. Atua em projetos de fomento da palavra escrita e falada, também colabora com a articulação de reflexões sobre a leitura literária e elaboração de materiais para editoras e outras instituições de ensino e cultura. Participou de coletivos de mulheres com poesia autoral e é autora e curadora do projeto “Mulheres que Leem Mulheres”. Muitos de seus livros foram selecionados pelo PNLD- Literário, Programa Nacional do Livro Didático do Governo Federal. Entre os títulos publicados, estão: “Minha vida não é cor-de-rosa”, “Uma boneca para Menitinha”, e “Pés Descalços”, todos vencedores do Prêmio Glória Pondé da Biblioteca Nacional, melhor texto juvenil; “Ainda assim te quero bem”, vencedor do Prêmio AEILIJ e laureado pelo selo altamente recomendável da FNLIJ.
De agosto a novembro – das 19h15 às 21h15 | Carga horária: 32 horas
O laboratório/oficina terá por objetivo o desenvolver o pensamento e a prática sobre o poema nos dias de hoje, por meio de deslocamentos dos olhares dos participantes em direção a perspectivas que permitam entrever as diversas possibilidades que a contemporaneidade nos propõe. Isso pode ser expresso nas seguintes indagações, que acompanham, de um modo ou de outro, todo poeta: o que é o poema? O que pode um poema hoje? Como fazer um poema que seja ancorado ao presente? Exercitando os olhares sobre coisas concretas, pretendemos que todos percebam em tudo quanto existe um poema potencial, num contínuo diálogo com o mundo. Nesse caminho, por meio de diversas propostas de práticas, leituras e debates, teremos também a contextualização da produção em sala com a história, alguma teoria, e as questões fundamentais da prática da poesia hoje.
PROGRAMA DO CURSO:
1. Qual o lugar da tradição no contemporâneo?
2. Visadas sobre sujeito e objeto.
3. Entre o arcaico e o contemporâneo: a écfrase.
4. Poesia e artifício: sob alguns andaimes da técnica.
5. As formas enganosas.
6. Poesia, norma e transgressão: as escolhas.
7. Modernidade, pós-modernidade e tradição na poesia do agora.
8. O encargo social – o que justifica a existência de um poema?
9. Poesia, linguagem, realidade.
10. A técnica, a espontaneidade e o real na poesia.
11. Quatro tipos de obscuridade e o poema como transfiguração.
12. Poema e encenação: o baile de máscaras.
13. Atos de restrição na produção do poema.
14. Poema e história: forma, conteúdo, teor de verdade.
15. O poetificado de Walter Benjamin na abordagem do poema.
16. Deslocamentos, desestabilizações e dissídios na poesia de hoje.
Professor:
Nuno Rau – Poeta, arquiteto, professor de história da arte, tem poemas em Cronópios, Germina, Sibila, Zunai, Diversos e Afins, RelevO, Mallarmargens, e nas antologias Desvio para o vermelho, do Centro Cultural São Paulo, Escriptonita, que co-organizou, e 29 de Abril: o verso da violência. Publicou o livro Mecânica Aplicada (2017), poemas, livro finalista no 3º Prêmio Rio de Literatura e no 60º Prêmio Jabuti. É co-editor da revista mallarmargens.com desde sua fundação.
Bibliografia Básica – Oficina de Poesia II
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Argos Editora, 2009.
AGAMBEN, Giorgio. Categorias italianas: estudos de poética e literatura. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014.
AGAMBEN, Giorgio. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
AGAMBEN, Giorgio. Ideia da prosa. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
AUGUSTO, Ronald. Decupagens assim: crítica. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2012.
BENJAMIN, Walter. Escritos sobre mito e linguagem (1915/1921). São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2013.
BENJAMIN, Walter. Baudelaire e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
BERARDINELLI, Alfonso. Da poesia à prosa. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
BURGER, Peter. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac & Naify, 2008.
CAMILO. Vagner. Drummond: da rosa do povo à rosa das trevas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
CAMILO. Vagner. Modernidade entre tapumes: da poesia social à inflexão neoclássica na lírica brasileira moderna. São Paulo: Ateliê Editorial, 2020.
CESAR, Ana Cristina. Crítica e tradução. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
CÍCERO, Antonio (curadoria). Forma e sentido contemporâneo: poesia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012.
DEGUY, Michel. Reabertura após obras. Campinas: Editora da UNICAMP, 2013.
DEMARCHI, Ademir. Contrapoéticas. Florianópolis: Nave Editora, 2020.
EAGLETON, Terry. Marxismo e crítica literária. São Paulo: Editora UNESP, 2011.
EAGLETON, Terry. A ideologia da estética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
FAUSTINO, Mário. De Anchieta aos concretos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
FAUSTINO, Mário. Artesanatos de poesia: fontes e correntes da poesia ocidental. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
FRANCHETTI, Paulo. Crise em crise: notas sobre poesia e crítica no Brasil contemporâneo. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2021.
GLENADEL, Paula. Escritas pensantes: trajetos entre literatura e filosofia. Rio de Janeiro: 7Letras, 2019.
GULLAR, Ferreira. Uma luz do chão. Rio de Janeiro: Avenir Editora, 1978.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Atmosfera, ambiência, Stimmung: sobre um potencial oculto na literatura. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. PUCRio, 2014.
HAMBURGER, Michael. A verdade da poesia: tensões na poesia modernista desde Baudelaire. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
MERQUIOR, José Guilherme. A astúcia da mimese: ensaios sobre lírica. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1972.
MERQUIOR, José Guilherme. As ideias e as formas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
MERQUIOR, José Guilherme. Formalismo e tradição moderna: o problema da arte na crise da cultura. São Paulo: É Realizações, 2015.
MERQUIOR, José Guilherme. Razão do poema: ensaios de crítica e de estética. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965.
MESCHONNIC, Henri. Para salir de lo postmoderno. Buenos Aires: Cactus Editorial, 2017.
MOSÉ, Viviane. Nietzsche e a grande política da linguagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
OEHLER, Dolf. Terrenos vulcânicos. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
PAIXÃO, Fernando. Arte da pequena reflexão: poema em prosa contemporâneo. São Paulo: Iluminuras, 2014.
REDMOND, William Valentine. O processo poético segundo T. S. Eliot. São Paulo: Annablume, 2000.
ROCHA, João Cezar de Castro. Leituras desauratizadas, tempos precários, ensaios provisórios. Chapecó: Argos Editora, 2017.
SECHIN, Antonio Carlos. Percursos da poesia brasileira: do século XVIII ao XXI. Belo Horizonte: Autêntica; Ed. UFMG, 2018.
SCHNAIDERMAN, Boris. A poética de Maiakóvski: através de sua prosa. São Paulo: Perspetiva, 2014.
SCRAMIN, Suzana. Alteridades na poesia: riscos, aberturas, sobrevivências. São Paulo: Iluminuras, 2016.
SISCAR, Marcos. De volta ao fim: o fim das vanguardas como questão da poesia contemporânea. Rio de Janeiro: 7Letras, 2016.
STEINER, George. Extraterritorial: a literatura e a revolução da linguagem. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
De 11/8 a 24/11/25 (2as. feiras) – das 19h às 21h | Carga horária: 32 horas
A crônica é um gênero de encruzilhada. Ele se ergue-se entre a ficção e a realidade, sem tomar partido definitivo de nenhuma das duas. Está entre o conto, a poesia, o ensaio e o jornalismo. Está “entre”. É um gênero em trânsito – é um “transgênero”. Na verdade, nunca se sabe ao certo o que é uma crônica, ou onde a crônica está. Nesse entroncamento, o cronista se desdobra e se delicia com o prazer da escrita. Todas as portas podem e devem ser abertas. Todos os caminhos se tornam interessantes e possíveis. Tudo vale – menos abdicar da elegância das palavras e do trabalho apurado com a língua.
Nessa oficina de crônicas, seguiremos por dois caminhos. Leremos e debateremos crônicas de grandes cronistas brasileiros – em particular, do maior deles, Rubem Braga. Mas, através de exercícios práticos e de debates abertos, treinaremos também a arte da escrita. Os alunos farão exercícios que serão lidos e debatidos em sala e em conjunto. A experiência do diálogo presidirá a oficina. Mas é claro: oficinas não são aulas. São, mais, laboratórios, em que exercitamos, erramos, tentamos outros caminhos, insistimos, nunca chegamos a nosso destino. É no processo da escrita, mais do que na própria escrita, que a literatura se mantém viva.
Uma terceira referência em nosso trabalho será minha antologia de crônicas “Histórias Miseráveis”, a ser lançada pela editora Maralto, de Curitiba, nesse ano de 2025. Algumas crônicas do livro, já publicadas antes na imprensa literária, serão lidas e debatidas. Seus bastidores serão revelados. Caminharemos juntos em busco dos segredos e das armadilhas que regem a arte de escrever crônicas.
Professor:
José Castello – Jornalista e escritor, é Mestre em Comunicação pela UFRJ. É colunista regular do mensário “Rascunho”, de Curitiba, e do suplemento “Pernambuco”, do Recife. Autor, entre outros, de “Vinicius de Moraes: o poeta da paixão” (Prêmio Jabuti em 1995), “Ribamar” (Prêmio Jabuti em 2011) e “Dentro de mim ninguém entra” Prêmio Jabuti em 2017).
De 19/3 a 2/7/25 (quartas-feiras) – das 19h30 às 21h30 | Carga horária: 32 horas
Escrever literatura para dialogar com a infância requer se apropriar de uma linguagem capaz de revirar caixotes, encontrar reinos de formigueiros, deslizar por entre as dormideiras, retirar cacos de vidro, reacender afetos, instintos e elaborações de pensares que sensibilizem o terreno baldio em busca pela compreensão da própria origem, experimentando em si as histórias. O convite desta Oficina é inventariar com os participantes a partir de exercícios de leitura e reflexão de obras que contribuem para o acervo de referências na produção de texto. Durante o percurso, além de rever clássicos e aprender com a literatura contemporânea, retomaremos o processo ancestral da narrativa oral para interpretar livremente as vivências e compor uma voz autoral.
Professora:
Penélope Martins – é escritora e narradora de histórias. Advogada pós-graduada em Direitos Humanos, dedica-se à formação de novos leitores desde 2006, produzindo conteúdo para o desenvolvimento contínuo de educadores e mediadores. Atua em projetos de fomento da palavra escrita e falada, também colabora com a articulação de reflexões sobre a leitura literária e elaboração de materiais para editoras e outras instituições de ensino e cultura. Participou de coletivos de mulheres com poesia autoral e é autora e curadora do projeto “Mulheres que Leem Mulheres”. Muitos de seus livros foram selecionados pelo PNLD- Literário, Programa Nacional do Livro Didático do Governo Federal. Entre os títulos publicados, estão: “Minha vida não é cor-de-rosa”, “Uma boneca para Menitinha”, e “Pés Descalços”, todos vencedores do Prêmio Glória Pondé da Biblioteca Nacional, melhor texto juvenil; “Ainda assim te quero bem”, vencedor do Prêmio AEILIJ e laureado pelo selo altamente recomendável da FNLIJ.
De 17/3 a 30/6/25 (segundas-feiras) – das 19h15 às 21h15 | Carga horária: 32 horas
Erro: Formulário de contato não encontrado.
E-mail: iel@estacaodasletras.com.br
Segunda a sexta-feira, das 14h às 20h
©2024 - Instituto Estação das Letras
A direção de arte deste website conta com fragmentos de quadros da artista e poeta Maria Dolores Wanderley